Orações impedidas

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“Então, chamarão ao SENHOR, mas não os ouvirá; antes, esconderá deles a sua face, naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras.” (Miquéias 3:4)

“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.” (I Pedro 3:7)

Eu tenho um problema sério em ver, como algumas pessoas, um conflito entre a misericórdia e a justiça de Deus. Não consigo imaginar nada mais justo do que a misericórdia de Deus. É justo socorrer o necessitado, e essa é precisamente a definição de misericórdia. A confissão do Sl. 62:12 é exemplar: “A ti também, Senhor, pertence a misericórdia; pois retribuirás a cada um segundo a sua obra.” Continue lendo “Orações impedidas”

A terra não é a terra: duas alegorias paulinas

 

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“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” (II Timóteo 3:16)

“E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” (Lucas 24:27)

Um dos traços da exegese bíblica crítica é a rejeição dos antigos métodos alegóricos de interpretação das Sagradas Escrituras. Quando se deparam com os numerosos exemplos de interpretação do Antigo Testamento registrados por autores do Novo Testamento, especialmente os evangelistas sinóticos e o apóstolo Paulo, os inimigos da alegoria reagem sempre do mesmo jeito, alegando que nós não somos Jesus nem os apóstolos, e, por isso, não temos autoridade para interpretar como eles interpretavam. Continue lendo “A terra não é a terra: duas alegorias paulinas”

Hebreus 6:4-8 fala do Batismo

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Hebreus 6:4-8: É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia. Porque a terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada.

Hebreus 6:4-6 é um dos textos mais freqüentes nos debates entre calvinistas e arminianos, especialmente quando se discute a doutrina calvinista da Perseverança dos Santos, segundo a qual Deus concede perseverança a todos os salvos, de maneira que nenhum deles se perde ou perece. Só falsos cristãos poderiam realmente apostatar da fé e serem condenados finalmente. Continue lendo “Hebreus 6:4-8 fala do Batismo”

Sola Ecclesia: Fora da Igreja não há salvação

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“Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador.” (João 10:1)

Cristo é o único caminho de salvação, e ele constituiu a Igreja como seu corpo para levar essa salvação à humanidade. Quando afirmo que fora da Igreja não há salvação, não quero dizer simplesmente que todo salvo é parte da Igreja e, por isso, como que oferecendo a esperança de que aqueles que hoje ainda não são parte da Igreja possam ser após a morte. Mais do que isso, quero dizer que a Igreja é o meio empregado por Cristo para que sua salvação seja conhecida e recebida, e de que ele não nos garantiu nenhum outro meio. Continue lendo “Sola Ecclesia: Fora da Igreja não há salvação”

O fim da salvação não é ir para o Céu

Nova Jerusalém Doré

“Os céus são os céus do Senhor;
mas a terra a deu aos filhos dos homens.”
(Salmos 115:16)

O fim da salvação não é ir para o Céu. Melhor do que isso, o fim da salvação não é tocar harpa (ou cítara) pelo resto da eternidade, vestindo branco e montado em alguma nuvem. O destino final dos justos é descrito como novos céus e nova terra, e a nossa condição, a da ressurreição do corpo, na qual recebemos a vida eterna. Continue lendo “O fim da salvação não é ir para o Céu”

Sacerdócio universal — o que ele não significa

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“Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Romanos 15:4)

A doutrina do sacerdócio universal é ao mesmo tempo uma doutrina cheia de gozo e alegria espirituais, e cheia de riscos, se mal entendida — como qualquer outra doutrina. Bem entendida, ela nos diz que todos nós somos servos uns dos outros, que devemos ser a presença de Cristo para outras pessoas, intercedendo por elas, assim apresentando sacrifícios a Deus, uma extensão da missão apostólica para toda a Igreja. Mal entendida, ela é a rejeição da autoridade instituída por Deus, um tipo de igualitarismo espiritual pueril, como a rebelião de Corá, pois “toda a congregação é santa, cada um deles é santo” (Nm. 16:3). Continue lendo “Sacerdócio universal — o que ele não significa”